
Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
É a mais pura, desnuda e inconveniente verdade, o que o Sen. Jarbas Vasconcelos admitiu em sua entrevista à Revista Veja, o PMDB é um partido que vive do jogo sujo de interesses próprios, em detrimento de qualquer outra necessidade do país, barganha com o governo (seja qual for a legenda), cargos públicos do 1º e 2º escalões, em troca da aprovação de emendas e demais votações, "administradas" no âmbito do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Um bom exemplo disso, é que nos últimos anos, o Partido permanece sem identidade, fazem parte do seu quadro representativo, urubus, cobras, lagartos, jacarés, raposas, gambás e cordeiros. Seus interesses políticos e econômicos estão acima do bem-comum, anos-luz de distância. O PMDB reza pra Deus, mas é amigo do diabo. A recente eleição das "velhas raposas", Michel Temer e José Sarney, para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, notabilizam o horror e o descrédito que vivemos em nossa política, nós não precisamos mais deles, considerando nossa vontade. E pensar... que o PMDB ousou um dia querer ser o MDB, de tantas lutas e história. [por M.Leonidio]
Confissão e Corrupção
Fonte: Blog do Sérgio da Costa Ramos - Diário Catarinense
Terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
- Não foi apenas um desabafo.
Foi uma confissão. Talvez tenha sido o maior desnudamento da história do Império e da República.
Um verdadeiro striptease, mas também a submissão a um autêntico martírio: o açoite autoinfligido ao partido que ajudou a fundar e a dar — no passado — credibilidade e decência.
Nunca, em tempo algum, o filiado de um grande partido político descerrou tamanho véu.
— Para que o PMDB quer cargos? — perguntou o repórter de Veja Otávio Cabral.
E o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um dos pilares do antigo MDB, cuja vertical resistência à ditadura conduziria o país à redemocratização, respondeu:
— Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnado em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.
Haverá, no mundo, maior libelo contra um partido político — com a ressalva de que o desabafo estende a todos os partidos a prática de corrupção explícita?
Sem se valer de eufemismos, ou de luvas cirúrgicas, sem amenizar qualquer significado, o senador Jarbas Vasconcelos disse, simplesmente, que “boa parte” do seu partido sobrevive através da prática de corrupção.
Para bom entendedor: o partido abriga uma quadrilha de ladrões.
Quer dizer: homens de sete ofícios, gatunos, ratos, larápios, meliantes, ladravazes, rapinantes.
Diante de tal “carinho”, o que disse a presidência do partido? Ou a sua Executiva nacional?
Nada. Nem uma palavra. Pelo menos até as 48 horas que se seguiram ao destampatório do senador.
O que confere ao desabafo foros de verdade definitiva.
Se o maior partido da República está transformado nesse covil de trampolineiros, para que país os homens de Bem (e do Bem) devem pedir asilo?
Talvez para uma adaptada Pasárgada, o reino de Manuel Bandeira:
Vou me embora pra Pasárgada/ Lá é outra civilização/ Tem um processo seguro/ De impedir a corrupção... (No original, “concepção”).
Enquanto isso, no PMDB reina o Silêncio dos Inocentes...