sábado, 30 de janeiro de 2010

Carta à alguém


Carta à alguém

Para mim você morreu!
Não do ponto de vista físico.
Eu diria até que, de forma mais profunda:
você morreu existencialmente.

Suas últimas ações, seu comportamento em relação a mim,
dizimaram todas as coisas boas que nos ligavam fraternalmente.
Seus atos apagaram o passado, repudiaram o presente
e inviabilizaram qualquer futuro que conceba-nos na mesma esteira.

A admiração, o respeito, o bem querer
não foram capazes de suplantar toda esta decepção.
Não lhe quero ver, não lhe quero entender,
não lhe quero perceber.
Espero envelhecer sem me lembrar de você!

Traiçoeira, matreira são adjetivos
que lhe caem bem.
Egoísta e egocêntrica, mesquinha
em sua soberba, você foi além:
do permitido, do suportável, do aceitável,
do perdoável [...]
Adeus! Até nunca mais...