
Pra viver uma boa relação com certas pessoas, é preciso manter um certo distanciamento, não necessariamente físico, mas de preferência, emocional. Se a relação é positiva profissionalmente, não a estenda para o pessoal, se é boa no pessoal, não a alongue para o profissional, se há um envolvimento emocional (casual), gostoso naquele momento, não a amplie além do necessário, como diz um ditado grosseiro:
intimidade demais é uma merda. As vantagens do distanciamento, é que prevalece o respeito, a admiração, o misterioso, o incompreendido, o intocável, o desejável. A proximidade destrói, mais do que constrói determinadas relações, principalmente quando se tem visões diferentes sobre os mesmos assuntos, pontos-de-vista absolutamente dissonantes, ações contraditórias, embates indefiníveis [...] Por que temos tanta admiração: por grandes artistas, grandes cantores, grandes cineatas, grandes atletas, grandes escritores, grandes empresários, grandes visionários, grandes historiadores, grandes cientistas, grandes ícones da história, grandes líderes, grandes autores, grandes personalidades, grandes belezas femininas ou masculinas? Talvez porque haja esse distanciamento, essa impossibilidade de tocá-los, de atingirmos o que eles atingiram, de fazer parte de seu convívio social, de gozar de sua amizade. O misterioso é atraente, causa desejo, curiosidade, admiração. Não estou aqui sugerindo que vistamos uma máscara e sejamos 100% racionais, não é possível e muito menos desejável, mas, reafirmo, para viver uma boa relação com certas pessoas, é melhor manter-se longe, o suficiente para preservar o melhor do sentimento que as une. Se esse sentimento ruir, não haverá possibilidade de recuperar sua essência. |ML|