Quem viu ou ouviu o discurso do presidente do Senado Renan Calheiros, desta terça-feira (10/07) deve ter se "assustado". De forma veemente e dura, ele falou grosso e deixou claro que vai "lutar" com todas as armas que dispõem, para se manter no cargo e sair dessa história com quase ou nenhum arranhão. Calheiros deixou nas entrelinhas a seguinte mensagem, "se eu cair, vai mais gente junto comigo, o que eu fiz não tem nada demais e isso é uma prática normal entre os meus colegas senadores e/ou deputados..." - pasmem! O senador conta com o apoio velado e irrestrito de muita gente, até por interesses diversos e o recesso parlamentar deve ser uma de suas armas mais poderosas para passar ileso deste episódio, o qual se diz vítima. Felizmente, de uma forma ou de outra a opinião pública tem acompanhando esta tragicomédia com interesse e o Congresso se sente pressionando diante de tantos escândalos e abundante impunidade. A imprensa também tem feito uma boa cobertura e isso é fundamental para que os cidadãos se mobilizem e exerçam seus direitos. Renan tem se mostrado seguro em seus discursos, mas, há um claro mal-estar entre alguns importantes senadores. Talvez alguma coisa aconteça, é isso que esperamos, mas, também temos que nos preparar para o pior, que seria sua absolvição, neste caso, preparem a roupa e o nariz de palhaço e também a mesa para comer a pizza. Joaquim Roriz, outro que escandalizou o país recentemente com uma defesa "grotesca", no caso do esquema de divisão de dinheiro no escritório do presidente do Conselho da Gol, Nenê Constantino, renunciou, até porque, fatalmente teria seus direitos políticos suspensos por 8 (oito) anos. Mas, Renan não deverá seguir este caminho, usará toda sua influência sem o menor pudor e tentará até o fim manter-se presidente do Senado, com o ônus de levar junto com ele muita gente pro buraco ou pro olho do furacão, em caso de derrota. (ML).
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