sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Meus filhos


Meus filhos
Marcos Leonidio

Poema dedicado aos meus filhos: Pedrinho e Sossô

São âncoras que sustentam meu barco
se ele está à deriva
São ilhas paradisíacas, quando o oceano parece infindável
após meses em alto mar
São cobertores a me aquecer, quando volto pra casa
após enfrentar um longo temporal de inverno
São águas cristalinas que saciam minha sede
após atravessar um deserto de desilusões
São ares puros a revigorar meus pulmões
inflados de poeira urbana
São possibilidades ternas de projetar a vida
da forma mais amorosa possível
São a prova de que novas vidas transformam a existência de
quem as originou; em algum tempo ou durante todo tempo

São os caminhos que me fazem perseguir objetivos existenciais
descritos e evidenciados em sentimentos fraternais

São o orgulho mais revigorante que um dia pude sequer imaginar
São doces, ternos, carentes, rebeldes, amorosos, passionais, complexos,
singelos, acomodados, criativos, surpreendentes, transformadores, inibidos,
exibidos, verbais, introspectivos, desalinhados, charmosos...
Enfim, são um pouco de tudo isso, mas evoluem com retidão (assim espero).
E são tudo aquilo que de melhor a existencialidade me permite saborear! 

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